terça-feira, 5 de junho de 2012

Professores rejeitam proposta do governo e mantêm greve


Professores rejeitam proposta do governo e mantêm greve

Luana Almeida
Arestides Baptista | Ag. A TARDE
Docentes pedem 22,22% de reajuste
Docentes pedem 22,22% de reajuste
Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (5), em frente a Secretaria de Educação do Estado (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), os professores da rede estadual de ensino votaram por unanimidade pela continuidade da greve, que já dura 56 dias.
A categoria não aceitou a nova proposta anunciada pelo governador Jaques Wagner na última segunda-feira (4), que concede aos professores licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho real de 7%. Em abril de 2013, nova promoção, também com ganho real de 7%, para os licenciados.
Em nota divulgada por meio da assessoria de comunicação da SEC, o Governo afirma que, com a nova proposta, serão antecipados investimentos que seriam aplicados nos reajustes de 3% e 4%, concedidos entre novembro deste ano e abril de 2013, na forma de progressão na carreira.
De acordo com a vice coordenadora da Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Marilene Betros, cerca de 8 mil profissionais da área de educação não serão contemplados pela proposta do governo, dentre eles estão professores aposentados, afastados por conta de licença médica e os recém concursados em estágio probatório.
“Não há muitas novidades nessa proposta. Se comprometer a dividir o pagamento já havia sido proposto e não aceitamos. Isso deve ser revisto, melhorado. O governo precisa apresentar, de forma concreta, como esse pagamento será cumprido”, afirmou.
Além do parcelamento do valor, houve divergência quanto à realização das provas para mudança de nível, que serão realizadas após um curso online, voltado apenas para os cerca de 32 mil professores que estão em atividade.
Para o sindicato, o curso não contempla a toda categoria, pois cerca de 8 mil professores, dentre eles aposentados, afastados por licença médica e os recém concursados em estágio probatório não seriam beneficiados. “Não podemos aceitar um curso que só estará disponível para uma parte da categoria. É uma proposta excludente”, completou.
Reivindicação - De acordo com Marilene Betros, a reivindicação principal do movimento grevista é o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional, que sofre reajuste de acordo com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Em um ano, os recursos do Fundo que foram repassados ao governo do Estado aumentaram 22,22%. Em outubro de 2011, representantes do governo firmaram acordo com APLB garantindo que o valor correspondente ao aumento da verba do Fundeb seria repassado para a categoria. No entanto, até abril, o repasse para o aumento do Piso, estabelecido pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, não foi feito.
Fonte: Atarde
Palavras do Zé
O governador gosta de se exibir na Tv dizendo o que pode e não pode, muitas vezes mentindo, mas a população não é tão otária assim, agora aguente a revolta, os professores já estão cansados de ver tantas promessas e a educação tão precária. O que ainda salva a pele deles são os professores universitários porque ganham bem e por isso ainda tem ensino de qualidade.