quinta-feira, 14 de junho de 2012

Médicos não aderem a paralisação em Salvador




 A orientação da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) foi que médicos da rede federal paralisassem, ontem as atividades em todo o país em protesto contra a Medida Provisória (MP) 568/2012, que interfere na jornada de trabalho dos profissionais aumentando a carga horária de 20h para 40h.

Porém, em Salvador a paralisação não foi aderida. Nas unidades da rede federal a exemplo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), no bairro do Canela, os atendimentos ambulatoriais, consultas e exames foram realizados normalmente. O objetivo da categoria é, por meio da paralisação nacional, pressionar o parlamento e abrir caminho para a primeira greve geral de médicos servidores federais no país.

De acordo com Francisco Magalhães diretor do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), o Hospital das Clínicas realiza serviços considerados especiais e essenciais à população como hemodiálise, cirurgias, distribuição de medicamentos dentre outros. Por conta disso, a unidade não aderiu à paralisação nacional. Na Maternidade Climério de Oliveira, os atendimentos também  não foram suspensos.
 
Segundo Magalhães, na noite de ontem médicos baianos se reuniram no Hotel Mercure, no bairro do Rio Vermelho, para discutir os problemas enfrentados pela categoria, principalmente no que se refere a MP 568 que tramita no Congresso Nacional, e está sendo uma das principais reivindicações da classe.

Com base nessa nova medida, os médicos que têm atualmente uma jornada de 20h/semanais no serviço público, por exemplo, ao ingressarem na carreira teriam que cumprir 40h/semanais pelo mesmo valor, ou seja, uma redução de 50% na remuneração.
 
“O médico está inserido no custeio da saúde. O povo tem que ter direito a saúde de qualidade, e os médicos a condições dignas de trabalho. Essa mobilização nacional é para chamar à atenção de deputados e senadores para a inconstitucionalidade dessa medida. Esperamos que algo seja feito em caráter emergencial e que a greve não precise ser deflagrada em todo pais”, justificou.
 
 Caso seja deflagrada a greve da rede federal na capital baiana, cerca de 1.200 médicos devem aderir ao movimento. Segundo informações da Fenam, estima-se que, em todo Brasil, 42 mil médicos ativos e inativos do Ministério da Saúde serão atingidos, além de 7 mil do Ministério da Educação.

A medida é considerada pelo presidente da entidade, Cid Carvalhaes, como “um enorme retrocesso em um país já tão castigado pela carência do nosso Sistema Único de Saúde e pela desvalorização dos profissionais de medicina”. 
 
Médicos estaduais – Já os médicos da rede estadual permanecem mobilizados após paralisação de dois dias de advertência, realizada na semana passada, com o objetivo de pressionar o governo a apresentar prazos definidos para elaboração de um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho.

Fonte: Tribuna da Bahia

Palavras do Zé

Como se fosse moda fazer greve até os médicos resolveram também cair nas graças da falta de vergonha, mesmo ganhando altos salários entram em grevem para reinvindicar salários, deveria é criar mais hospitais com todo esse dinheiro.